Na última segunda-feira, 16, uma importante decisão judicial no Rio de Janeiro resultou na suspensão da reprodução e comercialização da música “Million Years Ago”, da cantora britânica Adele, no Brasil. O juiz Victor Agustin Cunha acatou a acusação de plágio feita pelo compositor brasileiro Toninho Geraes, que alegou que a canção de Adele apresenta “integral consonância melódica” com o samba “Mulheres”, gravado por Martinho da Vila em 1995.
A medida, que pode ser considerada inédita no cenário musical, estabelece uma multa diária de 50 mil reais por qualquer reprodução irregular da faixa. Com a ordem judicial, mudanças imediatas já são visíveis nas plataformas de streaming. No Spotify, a busca por “Million Years Ago” agora prioriza o samba “Mulheres” como o primeiro resultado, evidenciando o impacto da decisão na visibilidade das obras brasileiras.
Essa situação levanta questões sobre direitos autorais e a proteção da cultura musical nacional, refletindo um crescente debate sobre a originalidade e a influência entre artistas de diferentes gêneros e países. A espera pela resolução deste impasse ressalta a complexidade do cenário musical contemporâneo e a importância de respeitar as criações artísticas.