Nicholas Barber aponta que, apesar de Joaquin Phoenix e Lady Gaga oferecerem atuações dignas, o filme falha em capturar a essência do Coringa como um verdadeiro antagonista, conforme retratado nos quadrinhos.
Barber questiona a falta de cenas que mostrem o Coringa em ação, planejando crimes e desafiando o Batman, o que diminui a expectativa e a emoção que geralmente cercam esse personagem. O filme se concentra mais na história pessoal de Arthur Fleck, mostrando-o em momentos de vulnerabilidade no asilo Arkham e em um tribunal, o que, embora intrigante, resulta em um enredo pesado e sem o ritmo esperado.
A dinâmica entre Fleck e Lee Quinzel, interpretada por Lady Gaga, é um ponto central, mas os números musicais que deveriam elevar a narrativa apenas a desaceleram. A crítica sugere que Phillips parece ter lutado para encontrar um enredo sólido, resultando em um filme que, apesar de suas ambições, deixa os espectadores decepcionados.
A mensagem final parece ser uma crítica à idolatração de Fleck, retratando-o como um personagem egocêntrico e covarde, o que pode ser visto como uma tentativa de desmistificação, mas que acaba por não ser suficientemente envolvente. Assim, “Coringa: Delírio a Dois” é visto como um filme que, ao tentar explorar novas dimensões do personagem, acaba por perder a essência que o tornou fascinante.
