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‘As 5 músicas mais ouvidas de Preta Gil mostram força, liberdade e amor em sua carreira musical’

Clássicos como Sinais de fogo e Stereo continuam entre os mais tocados nas plataformas digitais após a morte da artista

A música de Preta Gil é um retrato da sua personalidade vibrante, livre e generosa. Após sua morte no último domingo (20), em Nova York, as homenagens à cantora e apresentadora tomaram conta das redes sociais e do ambiente digital — inclusive nas plataformas de streaming, onde suas músicas voltaram a ocupar posições de destaque. Canções que marcaram sua carreira têm sido revisitadas por fãs e admiradores como forma de celebrar sua trajetória e manter vivo seu legado artístico.

Um levantamento feito com base nas plataformas Spotify, YouTube Music e Apple Music revela as cinco músicas mais ouvidas de Preta Gil nas últimas semanas. As faixas destacam não apenas o alcance da cantora, mas também sua capacidade de criar hinos afetivos e de resistência — com letras que falam sobre amor, autoestima, liberdade e orgulho de ser quem se é.

A seguir, conheça as cinco canções mais ouvidas de Preta Gil:

  1. Sinais de fogo (2003)
    Composta por Ana Carolina e lançada no álbum de estreia Prêt-à-Porter, Sinais de fogo é, até hoje, o maior sucesso de Preta Gil. A música combina uma melodia envolvente com uma letra intensa sobre paixão e desejo. Tornou-se um verdadeiro clássico pop brasileiro e é presença garantida em playlists de nostalgia e pop nacional.

“Sinto sinais de fogo no ar / Faíscas no olhar / Já posso me queimar” — diz o refrão, cantado em uníssono por fãs em shows lotados.

  1. Stereo (com Ana Carolina) (2004)
    Lançada como uma parceria com Ana Carolina, Stereo também se consolidou como uma das músicas mais queridas da carreira de Preta. A sonoridade moderna, com elementos eletrônicos e beats dançantes, somada à interpretação sensual e divertida das duas cantoras, fez da faixa um marco da música pop brasileira no início dos anos 2000.

“Canta que eu vou dançar / Dança que eu vou cantar” — entoavam Preta e Ana, num diálogo musical que exalava cumplicidade e alegria.

  1. Vá se benzer (2019)
    Com participação de Gloria Groove e Pabllo Vittar, Vá se benzer é um manifesto contra o preconceito e a intolerância. Lançada em 2019, no auge do debate político e das pautas identitárias no Brasil, a música mistura elementos de funk e axé com letra combativa e empoderada.

A canção viralizou nas redes sociais e tornou-se um hino LGBTQIA+, com destaque para o refrão: “Se não gosta, vá se benzer / O seu veneno não vai me deter”.

  1. Meu corpo quer você (2017)
    Misturando sensualidade e romantismo, Meu corpo quer você é uma das baladas mais populares do repertório de Preta. A faixa, que fala sobre desejo e entrega, ganhou destaque especialmente entre o público jovem e nas pistas de dança. A batida envolvente e a voz marcante de Preta conferem à música um apelo atemporal.

A canção também figurou em diversas trilhas sonoras de novelas e programas de TV, aumentando ainda mais sua popularidade.

  1. Sou como sou (2005)
    Essa música, lançada logo no início da carreira de Preta Gil, sintetiza sua identidade artística e pessoal. Sou como sou é um grito de afirmação de quem nunca se encaixou em padrões. Com letra autobiográfica, Preta canta sobre se aceitar e viver com autenticidade, sem medo do julgamento alheio.

“Sou como sou, não vou mudar / Se não gosta, deixa pra lá” — é o mantra que embalou a trajetória de uma mulher que sempre fez da arte um espaço de liberdade.

Legado que ecoa
Além de sua música, Preta Gil foi uma importante figura pública na luta contra a gordofobia, o racismo e a LGBTfobia. Através de suas canções e de sua atuação como comunicadora, ela ajudou a abrir espaço para discursos que até então eram marginalizados na grande mídia.

Com sua morte, essas músicas voltaram a tocar com força nas redes, nas rádios e nos serviços de streaming, como forma de homenagem e reconhecimento. No Spotify, por exemplo, a procura por Sinais de fogo cresceu mais de 300% desde o último domingo.

Influência e pluralidade musical
Filha de Gilberto Gil, Preta trilhou seu próprio caminho na música, com coragem e ousadia. Nunca se limitou a um único estilo, transitando entre o pop, o samba, o funk, o axé e até o eletrônico. Em sua discografia, estão colaborações com nomes como Ivete Sangalo, Caetano Veloso, Lulu Santos, Thiaguinho, além de artistas da nova geração, como Pabllo Vittar e Gloria Groove.

Essa diversidade se reflete nas músicas mais ouvidas, que vão do romântico ao político, do pop ao axé, do íntimo ao coletivo.

Música como resistência e acolhimento
A voz de Preta Gil sempre foi usada como ferramenta de resistência e acolhimento. Em um Brasil onde ainda há tantos desafios relacionados à aceitação e à inclusão, suas músicas funcionam como refúgio e inspiração. E é justamente esse espírito que torna o seu repertório tão vivo — mesmo após sua partida.

Ao revisitarmos essas canções, entendemos melhor o que Preta representava para tantos: uma artista que cantava com o coração e que fazia do palco uma extensão da própria vida.

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